segunda-feira, outubro 06, 2008

ODRES NOVOS PARA VINHO NOVO

ODRES NOVOS PARA O VINHO NOVO
E ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se fizer isso, o vinho novo
romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão.
Mas o VINHO NOVO deve ser colocado em ODRES NOVOS, e ambos juntamentese
conservam. E ninguém, tendo bebido o VINHO VELHO, prefere o novo,
pois diz: O velho é melhor.
Lucas 5. 37- 39
Esta belíssima e confrontadora ilustração
produzida por Jesus nos é dada para expor as dificuldades de
entendimento espiritual e conseqüente resistência, no meio de
Seu povo, às Suas intervenções para trazer as reformas, a
restauração e as transformações necessárias no processo
histórico da execução dos Seus planos e propósitos eternos,
relativos à Sua revelação à humanidade, em cada geração, e à
preparação da Noiva do Cordeiro e das Bodas (veja I Pedro 2.
9 - 10; Apocalipse 19. 1–9 e 22. 16–17).
Deus levanta, para cada época e geração
específica, uma “expressão” do Seu povo, com líderes
profetas-apóstolos para Ele executar os Seus propósitos
correspondentes àquele tempo da História.
Na execução do Seu sapientíssimo e precioso
plano, na TRANSIÇÃO de uma etapa a outra,
invariavelmente há algo novo, mesmo que esteja
interligado com a anterior. É assim que Deus opera. Este
é o método que Ele escolheu para nos dar a Sua revelação
escrita – a Bíblia: de forma progressiva e gradativa. Por
isso, no processo, de uma etapa para outra ou de uma
geração para outra, Ele substitui algo, ou acrescenta novos
elementos ao já existente ou, ainda, revela e traz algo
completamente novo.
É este contexto que faz com que a Sua
Palavra em Isaías 43. 18, 19 continue viva e atual, e o será até
à consumação de todas as coisas. Ele diz: “NÃO VOS
LEMBREIS DAS COISAS PASSADAS, NEM CONSIDEREIS
AS ANTIGAS. Vede, EU FAÇO UMA COISA NOVA, que está
saindo à luz; não a percebeis? Porei um caminho no deserto, e
rio no ermo.”
Mas o que acontece conosco? Deus, por pura graça
e misericórdia, dispõe-Se a usar-nos como cooperadores
dEle em determinada etapa ou tempo da Sua operação.
Geralmente quando Ele conclui uma etapa específica,
muitos dos Seus cooperadores desprezam o discernimento
profético correspondente e, enchendo-se de soberba,
constituem-se a si mesmos “autoridades” e reinterpretam
o que Deus revelou por não terem avançado com o MOVER
DA NUVEM (ler Êxodo 40. 36–38), passando a rejeitar e
resistir o “Novo” de Deus, o “VINHO NOVO”, tornando-se
“ODRES VELHOS”, adversários de Deus e, na maioria das
vezes, perseguidores dos que prosseguem sintonizados
com a “nuvem”, com o “vinho novo” do Espírito Santo (cf.
Mateus 5. 11 e 12).
Como se sabe, na Bíblia, o vinho fala da presença do
próprio Deus. É um dos símbolos do Espírito Santo, manifestando
a “presença presente” de Deus, operando, capacitando,
renovando, ungindo, executando, plantando e manifestando a
presença, identidade, caráter, poder e autoridade de Jesus em
Seus discípulos e na Sua Igreja. (leia Efésios 5. 18 – 21; Atos 2.
4 – 11; 4. 8, 31; 7. 54 e 60, entre outros).
A RELAÇÃO ENTRE VINHO E ODRES
No oportuno e profético livro de John Bevere, “VITÓRIA
NO DESERTO: Uma experiência com Deus em tempo de
prova” (todos os seus livros são estratégicos e felizmente já
temos vários em português pela Editora Atos), página 130,
encontramos esta clara descrição:
Só entendemos a questão dos odres conhecendo
como eles eram usados nos dias de Jesus. Os odres
eram bolsas ou garrafas feitas de couro de ovelha.
Quando o vinho neles era colocado pela primeira
vez, o odre era flexível e maleável. O couro esticava
facilmente, sem qualquer resistência. Com o
passar do tempo, o clima contribuía para
absorver toda umidade do odre, deixando-o
rígido e quebradiço. Depois de esvaziado do vinho
velho, e na hora de ser reaproveitado com novo
vinho, o couro, agora rígido e quebradiço, não
agüentava o volume do novo vinho nem suportava
o processo de fermentação, rompendo-se com
facilidade. Como torná-lo útil outra vez? O odre
era deixado de molho na água durante vários dias,
e depois escovado com óleo de oliva. Isto o tornava
flexível e maleável outra vez. (Negrito acrescentado
pelo editor)
O princípio e a relação entre o vinho/bebida e os
odres com o vinho/operação, manifestação do Espírito
Santo, executando os planos e propósitos de Deus, são:
vinho novo em odres novos; vinho velho em odres
velhos. Vinho novo em odres velhos estouram os odres, e
o vinho escoa. Vinho velho em odres novos, nem se deve
cogitar. É um desastre.
Contudo, qualquer ODRE VELHO pode ser
restaurado, renovado, reconstruído e tornar-se tal
como o novo e ser usado para receber novamente o
VINHO NOVO e distribuí-lo. Porém, o VINHO VELHO,
por mais saboroso que tenha se tornado, não pode ser
reconstituído e transformar-se em novo — ele ficará cada
vez mais velho e mais distante do novo, das novas safras.
Como transformar um odre velho em um odre
novo e torná-lo útil novamente? É como descreve John
Bevere: “O odre era deixado de molho na água durante
vários dias, e depois escovado com óleo de oliva. Isto o
tornava flexível e maleável outra vez”.
O VINHO NOVO QUE DEUS
ESTÁ DERRAMADO NESTA HORA
O tema geral desta II Clínica Bíblico-Profética,
como se vê: “Odres Novos Para a Grande Colheita” é
porque estamos vivendo uma etapa de transição e
de estratégias, no programa de Deus, neste tempo.
Por isso, Ele está restaurando e/ou trazendo à luz, para a
experiência da Sua Igreja, conteúdos extraordinários e
“inacreditáveis” da Sua revelação escrita. Cremos que
estamos na etapa final de preparação do cenário
internacional para o cumprimento final do Apocalipse e
do desfecho da História tal e como está escrito. Aleluia!
A expectativa da “Igreja profética e sintonizada”,
nestes anos recentes, é de que a Igreja, nesta penúltima
etapa do programa de Deus, conhecerá, vivenciará,
experimentará o conteúdo da revelação bíblica em um
nível que nenhuma outra geração conheceu, pois estamos
cada vez mais próximos da chegada do “que é perfeito”,
como está em I Coríntios 13. 10–13. A qualidade e a
intensidade do que esta geração conhecerá e viverá do
conteúdo da revelação bíblica serão de nível tal que as
gerações passadas nem imaginaram ser a realidade bíblica,
a qual culminará com um mover do Espírito Santo gerando
convicção de pecados nos crentes e em não crentes,
numa dimensão tamanha que produzirá, em poucos dias,
a maior colheita de pessoas para o Reino de Deus em
todas as etapas da História.
Das minhas observações e batalhas pela Igreja
em meu país, tenho identificado que os frutos deste mover
de Deus, restaurando todas as coisas, apresentam-se com
a seguinte perspectiva:
a) À luz do amplo conteúdo do “vinho novo”, não
vejo nenhuma congregação que já possa ser classificada
como ODRE NOVO, de fato, e de certa forma é até bom
que seja assim. Contudo, há milhares de crentes e
centenas de congregações que verdadeiramente estão
na transição de odres velhos para odres novos, recebendo
com alegria, maturidade, e até perseguição, o precioso
vinho novo do Espírito de Deus para este tempo;
b) Por outro lado, há milhares de congregações e
crentes que estão apenas numa imitação do VINHO
NOVO; provaram alguma coisa superficial, mudaram
algumas formas dos seus “odres”, passaram algum verniz
neles, mas o conteúdo continua o mesmo — é o vinho
velho tentando apresentar-se como novo. É curioso como
tantos que estão nesta condição se iludem de que são o
vinho novo, mas os seus motivos e corações serão expostos
no processo. Cremos que muitos destes, em algum
momento, ainda entrarão no “verdadeiro”;
c) Outras centenas de congregações, ou milhares
talvez, que se aproximaram do “vinho novo’, através dos
seus líderes, chegaram a prová-lo, mas recuaram,
negaram a fé do que haviam experimentado. Sabem que
este “vinho” é verdadeiro, mas desistiram pelo medo de
perderem privilégios, de serem perseguidas e pressionadas
por seu segmento denominacional evangélico e de
sofrerem implicações financeiras, inclusive, a perda da
própria estabilidade econômica do líder, vindo este a ficar
sem igreja em suas denominações;
d) Outro segmento está observando “tudo” e
esperando ver no que vai dar “tudo isso” para, depois que
outros já tiverem pagado o alto preço, avaliarem se
compensa entrar dali para frente. Quem sabe?
e) Também, há um não pequeno percentual de
crentes que experimentaram o novo, porém, por razões
diversas, não prosseguiram, mas não conseguem retornar
ao estado no qual se achavam antes. Além disso, não se
ajustam em nenhuma congregação. Estão “entalados”
entre o velho e o novo;
f) Finalmente, estão os crentes e igrejas
literalmente ODRES VELHOS. O número não é pequeno.
São igrejas/crentes cuja bandeira principal — de fato a
mensagem central da fé deles — são as suas tradições,
denominações, herança histórica, etc. São os
representantes das “coisas passadas” que em algum
tempo já fizeram parte do projeto de Deus, mas agora
são odres velhos e continuarão assim até o fim.
A GRANDE COLHEITA NECESSITA
DE ODRES NOVOS
Não há dúvida de que, em nossa realidade
brasileira hoje, o que mais atrapalha a conversão genuína
de pessoas é o contato ou convívio delas com crentes e
congregações odres velhos.
O conceito e a visão do evangelho que recebem
são totalmente equivocados. Por mais que se fale de fé e
de Jesus, o evangelho deles é apenas uma “religião” em
torno deles mesmos. São evangélicos “culturais”, que não
conhecem o Deus vivo, nem o poder de Dele. Para os tais
“ouvir o que o Espírito diz às Igrejas” é piada.
Nos anos que já estão chegando, à medida que o
ANTICRISTO for se manifestando, em sua etapa final, o
primeiro instrumento que ele usará para perseguir o povo
de Deus serão as igrejas/crentes ODRES VELHOS os quais
perseguirão os odres novos. Abra, por favor, Mateus 10.
21, 22; 36 e 24. 9-13.
Para a colheita que está por vir, necessitamos de
igrejas e crentes odres novos por todos os lados; porque,
se os que irão se convertendo forem encaminhados ou
atraídos para igrejas-odres velhos, em poucos dias, serão
desencaminhados do Reino de Cristo, da colheita da última
hora, do discipulado, de uma vida totalmente rendida e
comprometida com Jesus para o evangelho que essas
instituições representam: tradição humana e cultura
evangélica.
Este é um dos tempos mais fascinantes da História.
São os “tempos da restauração de tudo” anunciados
em Atos 3.19–21. Porém, somente os que forem sendo
transformados em ODRES NOVOS discernem o que está
acontecendo, deleitam-se no Senhor e na experiência com
a Sua Palavra enquanto são os cooperadores de Deus
mais humildes e sensíveis de todos os tempos.
Em que estágio você está neste exato momento?
É um odre novo em transformação ou um odre velho?
Não esqueça, Deus pode e quer transformar qualquer odre
velho em novo. Você quer?
Pr. Silas Quirino de Carvalho