segunda-feira, novembro 15, 2010

Dicas para seu desenvolvimento humano

Dicas para seu desenvolvimento humano


Como não ir além do seu limite?
por Roberto Shinyashiki








"Temos de ser bons naquilo para o qual temos talento, o que não significa nos exigir sermos maravilhosos o tempo todo"
O mundo está uma loucura mas todos só acertam na vida. Não é esquisito isso? Será que só eu e você temos inquietações e erramos?

Será que só eu e você temos a sensação de correr o dia inteiro e ainda estar em falta com alguma coisa no fim do dia? Todo mundo tem dúvidas, mas faz pose de gênio! Os super-heróis atacam por todos os lados. E os seres humanos deixam de viver as ordens do coração para viver num mundo de aparência.

Fico impressionado com o número de pessoas que se enche de dívidas só para desfilar o carro novo para o vizinho, ou para fazer inveja à amiga com a bolsa de marca famosa, ou para deslumbrar a mulher desejada com um jantar além da sua condição financeira. Pessoas que se cercam de bens materiais e conceitos supérfluos para serem admiradas. Pessoas que não sabem como é bom amar alguém. Não conhecem a essência de um relacionamento. Querem apenas impressionar. Aparentar aquilo que não são.

E os pais super-heróis? Esses querem que os filhos também sejam super-heróis. Lotam a agenda das crianças com aulas e mais aulas. Elas não têm tempo livre sequer para brincar. A ideia dos superpais é preparar os filhos para o futuro. Mas assim as crianças acabam perdendo a infância. Ou seja, não fazem a única coisa realmente importante para se tornar um adulto pleno.

Gostaria de convidar você a refletir um pouco sobre seus heróis. Pense por alguns segundos nas pessoas que você admira. Quando proponho essa reflexão em meus seminários, em geral ouço descrições que lembram os super-heróis das histórias em quadrinhos ou do cinema. Heróis com superpoderes que nada têm a ver com o mundo real.

Apesar de ter plena consciência de que essa imagem não passa de pura fantasia, a maioria das pessoas embarca nela de cabeça. E se ilude querendo mostrar que são superexecutivos, superempresários, supermães, superprofessores, superamantes.

Não estou dizendo que a pessoa que procura dar sempre o melhor de si em cada ação está errada. Ao contrário. É altamente positivo buscar a excelência em cada coisa que fazemos. Isso não quer dizer, no entanto, que sempre sairemos vitoriosos de nossas batalhas. Ninguém consegue ganhar todas as disputas da vida.

Quem exige de si vencer o tempo todo está se candidatando a viver crises de depressão ou, pior ainda, agir sem ética para vencer a qualquer preço. Quem precisa se sentir importante o tempo todo está criando um grande vazio em sua vida... É preciso estar muito consciente para não embarcar nesse jogo de aparências e não se deixar envolver em atividades sem sentido para sua vida.

Acredite: é possível ser feliz com o que você tem e é. Eu digo, com todo carinho do meu coração: da mesma maneira que é importante tirar das suas costas o peso de ser algo que você não é, também é importante tirar esse peso dos ombros de quem está a seu lado. Aliás, nem precisamos ser o que não somos nem precisamos ser perfeitos no que queremos ser. Ser muito bom já é suficiente. Temos de ser bons naquilo para o qual temos talento, o que não significa nos exigir sermos maravilhosos o tempo todo.

sábado, novembro 13, 2010

Acaba o show, restaura o louvor


Acaba o show, restaura o louvor
Pr. Ciro Sanches Zibordi

Há uma famosa composição da atualidade — ou melhor, duas em uma, intituladas “Meu Mestre” e “Vou Morar no Céu”— que vem sendo entoada de modo efusivo em nossas igrejas, quer por conjuntos (coral, mocidade, adolescentes), quer nos momentos de louvor coletivo. Por meio dela, dizemos, como se fosse uma oração: “Acabe o show, restaura o louvor”.

Assim começa a dúplice composição: “A minha vida é do Mestre/ Meu coração é do meu Mestre/ O meu caminho é do Mestre/ Minha esperança é meu Mestre”. Vida, coração, caminho e esperança. O compositor foi feliz ao escolher os elementos que devem ser entregues ao nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo, ainda que não cite o nome de Jesus diretamente. Mas, temos mesmo entregue tudo isso a Ele, ou cantamos da boca para fora, deixando-nos envolver pela melodia?

Se entregamos a nossa vida ao Senhor, vivemos para Ele, e não mais para o mundo (1 Jo 2.15-17). Se lhe entregamos o centro da nossa vida espiritual, o coração, significa que priorizamos as coisas espirituais, e não os bens materiais e nosso próprio eu (Gl 2.20; Cl 3.1,2). Se entregamo-lhe o nosso caminho, então é Ele quem dirige a nossa vida (Sl 37.5). E, se depositamos nEle a nossa esperança, estamos aguardando ansiosamente o Dia em que Ele virá nos buscar, pois esta é bem-aventurada esperança da Igreja (Tt 2.11-14).

“A Deus eu entreguei/ O barco do meu ser/ E entrei no mar a fora/ Pra longe eu naveguei/ Não vejo mais o cais/ Só Deus e eu agora”. A composição é realmente linda. Não há o que contestar quanto à letra. E a melodia contribui para cantarmos com emoção, sentimento. Contudo, como o nosso culto ao Senhor é racional, precisamos saber o que estamos cantando. Temos, de fato, entregue a direção da nossa vida a Deus, a ponto de sermos apenas nós e Ele?

Numa envolvente e cativante gradação, a composição continua: “Na solidão da lida/ Eu pude perceber/ O quanto Deus me ama/ As ondas grandes vêm/ Tentando me arrastar/ Pra longe da presença dEle”. Salienta-se, aqui, que na caminhada do cristão verdadeiro há muitas tribulações (Jo 16.33; Rm 8.18). Não vivemos em um mar de rosas. E, nos momentos mais difíceis, quando ficamos sós, na verdade temos a companhia do nosso Ajudador (Hb 13.5,6; Sl 46.1). Mas isso precisa ser cantado e vivido pelos servos do Senhor.

Depois do refrão “A minha vida é do Mestre”, a primeira composição — “Meu Mestre” — emenda com “Vou Morar no Céu”. E isso ocorre num momento em que todos estamos envolvidos pela música, quase em êxtase. Diz a composição: “Ainda bem que eu vou morar no céu/ Ainda bem que eu vou morar com Deus”. Mas, pergunto: Queremos, de fato, morar com Deus agora? Se sim, por que nos apegamos tanto a bens materiais? Por que tantos desafios, campanhas por prosperidade? Por que não demonstramos amor à Vinda de Cristo?

O compositor, então, explica por que é melhor morar no Céu: “O mundo está cheio de horror/ Os mentirosos reinam sem pudor/ Mentes brilhantes planejando o mal/ Mas eu não desanimo, pois sou sal/ A integridade foi pro além/ No mundo ninguém ama mais ninguém/ Mas Ele prometeu que vai voltar, pra nos buscar”. Ah, se a igreja evangélica brasileira fosse sal! Ah, se estivéssemos, verdadeiramente, esperando com ansiedade a Segunda Vinda do Senhor!

Reconheço: a letra é bonita. Não estou escrevendo contra ela e seu compositor. Mas estou refletindo sobre como estamos mentindo para Deus, no momento do louvor. E o que vem depois confronta ainda mais o ideal com o real: “Restaura a tua casa, oh SENHOR/ Acabe o show, restaura o louvor”. Queremos isso mesmo, ou estamos cantando por cantar?

Ora, vamos à realidade. No mínimo, dois terços dos nossos cultos (cultos?) são formados por cântico e música. Uma canção emenda na outra, num interminável show de cantoria e, em muitos lugares, dança. E a tendência é piorar, pois os hinos (hinos?) entoados em nossas igrejas estão cada vez mais longos, posto que foram preparados especificamente para shows com várias horas de duração — onde não há exposição da Palavra, mas “ministrações” dos próprios adoradores-astros —, e não compostos para um culto ao Senhor com apenas duas horas de duração.

O compositor vai mais além: “Riqueza e fama agora é a pregação/ Já não se fala mais em salvação”. Mensagem contundente, que cantamos, mas não vivemos. Quais são os pregadores mais admirados por nós, hoje? Quais são os expoentes que pregam nos eventos que reúnem multidões? Os que falam da cruz, como Paulo? Os que discorrem sobre o Justo, como Estêvão? Os que anunciam a Cristo, como Filipe? Não! Admiramos pregadores que nos desafiam a semear R$ 900,00 no ano de 2009 para ter a unção financeira! Admiramos pregadores que prometem o milagre do depósito em conta bancária...

Mais uma vez, numa entusiástica gradação, a composição diz: “O mundo está tentando enganar/ Aquele que o SENHOR virá buscar/ Mas permaneço firme com minha cruz/ Pois sou luz”. O autor e intérprete dessa composição é luz? Os seus músicos e integrantes do backing vocal são luzes? Os “levitas” e “adoradores extravagantes” do nosso tempo são luzes? Os pregadores da prosperidade são luzes? Os telepregadores são luzes? Você é luz, caro leitor? Eu sou luz? Nós temos sido luzes, neste mundo tenebroso? Permanecemos firmes com a nossa cruz, seguindo àquEle que nos chamou das trevas para a luz (Lc 9.23; 1 Pe 2.9,10)?

Que acabe o show! O show da falsidade, da mentira, da apelação, do engodo, do amor ao dinheiro. E que voltemos a cultuar ao Senhor Jesus em nossas igrejas! Com menos cantoria e mais louvor. Com menos triunfalismo e mais pregação cristocêntrica. Com menos sofisticação e mais simplicidade. Com menos performance gestual e mais quebrantamento do coração. Com menos descontração e mais arrependimento. Renova-nos, Senhor!

Por que a Igreja tem medo da modéstia?

Por que a Igreja tem medo da modéstia?
Extraído do Blog do Júlio Severo

Randy Alcorn, Eternal Perspectives Ministry
PERGUNTA: Meu marido e eu estamos felizes com o fato de que a igreja esteja finalmente falando do problema da pornografia e do assunto da pureza no Corpo de Cristo, e ajudando os homens a lidar com essa questão. Mas por que é que nunca ouvimos sobre pureza para mulheres no modo como elas se vestem? Estou falando sobre mulheres que professam ser seguidoras de Cristo. Elas se tornam uma pedra de tropeço para seus irmãos quando se vestem de maneira sedutora ou se vestem para ser sexy conforme a moda do mundo. Por favor, lide com a questão da modéstia.
RESPOSTA: Essa é uma pergunta importante, e é muito problemática. Pouco tempo atrás eu estava falando numa igreja, e constatei que eu não podia olhar para certa direção da congregação por causa do modo como uma mulher estava vestida. Isso ocorre frequentemente. Tenho estado em igrejas em que não dá para olhar para a equipe de louvor por causa do modo como uma mulher está vestida e fazendo balanços sensuais ao segurar o microfone. É algo que esperaríamos numa boate, mas está ocorrendo na igreja — o Corpo de Cristo.
Sou completamente a favor do sexo e penso que é bacana que uma mulher seja sexy com uma pessoa — seu marido. A ironia é que há casos em que as mulheres se acostumaram muito com uma aparência sexy em público, mas na realidade não têm nenhum relacionamento sexual com seus próprios maridos. Por isso, temos duas questões acontecendo com relação à questão da modéstia — modéstia em público e modéstia quando o Corpo de Cristo está reunido. E essa última questão é imensamente importante.
Quando eu era pastor de jovens muitos anos atrás, tínhamos dificuldade de aceitar roupas de banho — e esse problema é muito pior hoje para os grupos de jovens das igrejas por causa da mudança nos modismos. O modo como as moças vestiam seus biquínis, e até muitos maiôs, mostrava muita coisa. A realidade aí é que os rapazes num retiro de igreja olhavam para essas moças — suas irmãs em Cristo — e pensavam exatamente no que os rapazes costumam pensar, e assim estavam sendo conduzidos à tentação.
Não estou desculpando o modo como os homens pensam. É um problema, mas é também verdade — como indicou a pessoa que fez essa pergunta — que há responsabilidade aí para as moças, e certamente para seus pais e mães, de considerarem seriamente esse assunto.
Quanto à parte da pergunta que foi feita sobre o motivo por que essa questão não está sendo tratada nas igrejas do jeito que deveria, creio que a resposta é o medo. Penso que há muitos pastores e líderes de igrejas que, como muitos maridos e pais, têm medo de abrir a boca por receio de ofender as mulheres que sempre seguem a última moda. Algumas mulheres acham que para estarem na moda, elas precisam ter roupas que sejam sexy — inclusive saias abertas, principalmente saias e calças muito agarradas, e bustiê curtos. Todas essas roupas transmitem uma mensagem para os homens, e os pastores se sentem muito constrangidos de abrir a boca para falar porque pensam “Algumas mulheres vão achar que sou pervertido por chegar ao ponto de mencionar esse problema, dizendo: ‘Ah, então é nisso que o pastor fica pensando quando está lá no púlpito?’”
É uma situação difícil, mas é uma questão sobre a qual creio que os homens que são líderes de igreja e de grupos domésticos precisam de coragem para abrir a boca e tratar diretamente. Precisamos também de mulheres dedicadas a Deus (principalmente mulheres dedicadas a Deus que tenham moderação no modo como seguem a moda e sejam atraentes no sentido correto de ser atraentes — não sexualmente atraentes) que de forma carinhosa desafiem outras mulheres e as informem que elas estão enviando uma mensagem errada. E se elas não se importam com a mensagem que estão enviando, então algo está realmente errado e elas precisam se arrepender. Precisamos de conversas francas e claras sobre isso, de modo que as mulheres consigam se conscientizar e compreender a questão.
A Bíblia diz que nossos corpos são templos do Espírito Santo. Isso nos compele a honrar a Deus em tudo o que fazemos e dizemos. Lamentavelmente, muitos relacionamentos impróprios se desenvolvem na igreja. Às vezes começam em grupos pequenos; outros começam por meio de relações de trabalho entre os que trabalham na igreja. Há casos de relacionamentos de adultério que começaram durante retiros de grupos pequenos, onde mulheres e homens se vestiram e agiram de certa forma. Muitos desses relacionamentos poderiam ser evitados se prestássemos muito mais atenção no modo como nos vestimos, no modo como nos encontramos com os outros e no tipo de afeição que mostramos.
Adoro mostrar afeição física. Muitas vezes eu abraço só de lado as mulheres com quem me importo e conheço — se tenho uma amizade apropriada e maior de irmão com irmã — pondo minha mão no ombro delas e chegando-as a mim. Mas evito abraços de frente. As mulheres às vezes não estão conscientes de como esses tipos de abraços podem afetar seus irmãos em Cristo.
Nancy Leigh DeMoss tem um material excelente sobre modéstia e pureza. Ela tem um livreto maravilhoso intitulado “The Look: Does God Really Care What I Wear?” (A aparência: Deus realmente se importa com as roupas que uso?) bem como vários recursos sobre a liberdade da modéstia no site do ministério dela: www.reviveourhearts.com
Acredito de verdade que a modéstia é algo em que precisamos dar uma olhada muito profunda, cuidadosa e em espírito de oração no Corpo de Cristo. Precisamos evitar nos conformar com este mundo, mas sermos transformados pela renovação das nossas mentes.